Um estudo publicado no início deste ano de 2016 pela Backlinko, uma empresa americana especializada em produzir cursos de marketing digital, analisou mais de 1 milhão de páginas para tentar encontrar os fatores que levam um site a aparecer na primeira página do Google.
O resultado não é surpresa para quem trabalha na área:
Além disso, o estudo também traz alguns achados interessantes:
Tudo isso faz sentido, pois é algo que o Google vem levando em consideração para rankings desde o advento do algoritmo Panda, que faz a análise de qualidade do conteúdo no site, avaliando quão bem construído é. No entanto, há aspectos técnicos nestes itens que merecem uma análise mais aprofundada antes que os tomemos como verdades universais:
O problema com médias é que elas são influenciadas pela existência de casos extremos. Cientes disso, os autores dos estudos descartaram resultados com mais de 9.999 palavras e aqueles com menos de 50 palavras.
O que isso implica é que: sim, há conteúdos com menos de 50 palavras nos primeiros 10 lugares do Google. E, mesmo com o descarte, poucos textos com mais de 5.000 palavras podem levar essa média para cima. Seria interessante conhecer a mediana e a moda, algo que o estudo não revela. Provavelmente estão abaixo de 1890.
Além disso, a mera contagem de palavras de uma página não diz muito sobre a mesma. Sites costumam ter pequenos textos de “Sobre Nós”, links de navegação, menus e outros itens que tendem a inflar o número de palavras na página.
E isso pode ser bem significativo: no site da Conteúdo sob Demanda, por exemplo, nosso texto sobre “O que são personas?” tem 786 palavras. Mas quando copiamos as palavras todas da página e a jogamos no Word, temos nada menos que 1706. São quase 1.000 palavras adicionais em um site relativamente limpo, tornando-o muito próximo daquilo que se encontra, normalmente, na primeira página.
Este é um padrão que não é difícil de encontrar por aí. Por exemplo, a página da Quora sobre “diferenças de leads MQL e SQL” está na primeira página para “sql mql lead”, “mql lead”, “mql marketing” e outros termos correlatos, em praticamente qualquer lugar do mundo. Nela, há duas respostas totalizando 324 palavras de conteúdo original. E sem imagens.
No entanto, a página tem rodapé com notícias utilizando chamadas mais longas, além de vários outros links de navegação, o que a leva para 1107 palavras no total e cerca de 6 imagens, todas pequenas.
Infelizmente o estudo não citou tamanho das figuras, mas arrisco a dizer que aqueles conteúdos com imagens de pelo menos 600-700px de largura podem ter algum ganho em buscadores.
Conteúdo direto, bem construído e que atenda ao usuário tende a ter menor taxa de rejeição. Mas esta pode variar por tipo de página e chamadas para ação que são colocadas em um texto. Temos um texto bem completo sobre este assunto aqui.
Por exemplo, se você procura por um site específico, digamos, “conteúdo sob demanda”, a taxa de rejeição tende a ser muito baixa, já que você provavelmente navegará pelas páginas do site.
O mesmo ocorre com pesquisas navegacionais, como “imóveis em Santo Amaro”, onde você provavelmente visitará uma página de um site de classificados imobiliários e navegará por ela.
No entanto, se você procura por “diferença lead MQL SQL”, há uma boa chance de que você fique satisfeito com a resposta e abandone a página após a leitura. Eu mesmo fiz isso. Não naveguei pelo site da Quora. Apenas peguei o link e coloquei aqui.
Em resumo, este último comportamento é o que leva a Wikipedia a ter cerca de 83% de taxa de rejeição, como falamos no artigo citado acima.
Na verdade, o que você deve evitar é fazer com que seu usuário “dê um back no browser” por não encontrar o que procurava. Esta é uma métrica que é, até mesmo, coberta por patente do Google.
Focar em número de palavras e imagens desvia a atenção daquilo que torna um conteúdo relevante para o buscador: autoridade e atendimento à expectativa do usuário. Conteúdo longo pode até ajudar, mas se seu site não tem relevância suficiente para aparecer nos primeiros lugares, dificilmente o investimento vale a pena. Também não adianta escrever teses de dissertação para assuntos simples.
Produza bom conteúdo, conquiste seu público e consiga bons links: é nisto que você deve focar.
Relevância e autoridade são tão significativos que vou fechar o texto com um exemplo extremo: procure por “sped fiscal”.
Você vai cair numa página com apenas 129 palavras e pequenos logos. Apenas isso. No entanto, lá estão links para páginas recheadas de conteúdo para quem precisa lidar com escrituração eletrônica.
Vamos focar em criar conteúdo útil para o usuário?
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